Galera nossa primeira entrevista e com a banda baranga que esta divulgando seu novo cd o ceu e o hell que foi lançado no finald e 2010 a banda conta desde o inicio com o line up xande,deca,paulao e soneca a banda pratica um rock n roll com muita influencia de acdc e motor head curtam a entrevista.
CH - Como se deu o início da banda?
Xande: Já nos conhecíamos de ir a alguns shows de Rock pela cidade e num dia de muita cerveja e pouca mentira, decidimos fazer um ensaio que já rolou com uma música minha, de anos atrás, só que com uma roupagem muito mais Rock ‘n’ Roll. Então pensamos: “Taí uma banda de Rock!”
Soneca: Tínhamos tocado junto em situações e datas diferentes. Não com todos na mesma banda. Toquei com o Deca no Pitbulls On Crack e em outros dois projetos, um deles como o Xande. E com o Paulão e o Xande numas jams, depois que o Paulão saiu do Cheap Tequila. Depois de trocarmos uma idéia, e bebermos várias cervejas, num show marcamos um ensaio. Já no primeiro ensaio rolou uma música, daí não paramos mais.
CH - O primeiro CD, Baranga, foi lançado em 2003 pela RNR. Como foram os resultados obtidos por ele em termos de divulgação?
Deca: Foi um lance meu e do Soneca. Colocamos uma Assessoria de Imprensa pra divulgar bem. Para aquele momento do 1º CD funcionou muito bem, e ajudou a espalhar o nome da banda e a vender CD’s.
Xande: O CD foi muito bem recebido pelo público, eles estavam sedentos por Rock ‘n’ Roll, assim como nós!
Soneca: O primeiro CD marca o pontapé inicial de um trabalho. Aprendemos muito com a RNR, porque se foi o tempo em que o músico só se preocupava com a música. Hoje participamos de todas as decisões e trabalhos relacionados à banda.
CH - Queria que você falasse sobre as letras da banda. Pelo que percebo nos CD’s todos escrevem as letras, certo?
Xande: Realmente essa é uma grande virtude de todos. E uma sorte também. Às vezes fico sem idéias, aí vem o Paulão, o Soneca e o Deca pra me salvar!
Soneca: A maior parte das letras é do Xande, algumas outras são minhas. Mas tem muita letra em que fiz uma parte e o Xande completou, e outras letras dele em que fiz alguma estrofe ou acabo mudando uma frase ou outra. Pra completar o Paulão sempre vem com algum texto para contribuir e o Deca também. O que nos inspira é o que acontece no dia-a-dia, seja com outras pessoas ou com nós mesmos. Alguma história que vivenciamos ou alguma mulher em especial. Ou ainda, algo que aconteceu com algum conhecido. Tudo fica mais fácil quando se é a testemunha ocular dos fatos!!
CH - A banda e formada por músicos experientes, conte um pouco das experiências dos integrantes em outras bandas?
Paulão: Toquei Heavy Metal por 10 anos, nos anos 80. Nas bandas Centúrias e Firebox. Foi muito bom. Porque foi o auge desse estilo na época, e me deu muita experiência, técnica e pegada que só o Metal proporciona. Depois toquei no Cheap Tequila, banda de Rock ‘n’ Roll com um CD lançado, e logo após formamos a Baranga.
Deca: Lá pela metade dos anos 1990, tive uma experiência legal com uma banda chamada Pitbulls On Crack. Montei essa banda com três caras bem legais. Participamos de uma coletânea da Gravadora Eldorado, assinamos com um selo de Rock da gravadora Velas, do Ivan Lins, e tivemos por um tempo o mesmo empresário dos Raimundos. Teve músicas que tocaram muito em Rádio e TV e fizemos uns shows nuns lugares enormes com bandas bem legais como Angra, Ratos de Porão, Ira!, e os próprios Raimundos, claro.
Soneca: Antes da Baranga, eu tocava com meu irmão Marcello Schevano (Carro Bomba, ex- Patrulha do Espaço), Rodrigo Hid (Pedra, ex- Patrulha do Espaço). Depois que eles entraram na Patrulha comecei a procurar outras paradas. Toquei com o Deca no Pitbulls On Crack, e em outro dois projetos, um deles com o Xande. Até que começamos a ensaiar com o Paulão e o lance virou a Baranga.
CH - Outra coisa que não é comum e que poucas bandas de Rock conseguiram manter, e o Baranga é uma delas, é a mesma formação desde o inicio. Você acha que isso contribui para que a banda sempre se mantenha estável no mercado?
Paulão: Putz, isso acho que é muito raro não só no Brasil, mas no mundo! É claro que contribui. Nosso entrosamento é ótimo, até erramos juntos hahahaha Temos nossas diferenças, mas não influi na banda.
Xande: Acho bem legal esse lance nosso. Já estamos acostumados e respeitamos uns aos outros.
Soneca: Contribui sim, mas o fator principal para estarmos aí até hoje é porque gostamos muito de tocar Rock ‘n’ Roll!
CH - Sobre a gravadora, o que aconteceu que mudaram para Voice Music? Parece que essa parceria vai ser longa, pois já lançaram 3 CD’s por ela?
Deca: A RNR Records tinha motivos para dar certo, mas a Voice era inevitável porque o Sílvio (ex-guitarra do Korzus) estudou comigo e o Paulão tocou no Korzus uma época - somos todos amigos! E mais, a Voice distribuiu o 1º CD e fez mais uma ou duas tiragens dele, nem lembro ao certo.
Paulão: Pela Voice conseguimos entrar em lojas maiores como Fnac, Livraria Cultura etc. E a distribuição é maior.
Soneca: Desde a época da RNR Records, a Voice Music já era a responsável pela distribuição dos nossos Cd’s. Foi uma conseqüência natural do trabalho deles.
CH - Vocês já venderam mais de 8 mil cópias dos 4 CD’s, o que é um número razoável em épocas de downloads. A única coisa boa dessa porcaria é que os shows internacionais baratearam e se tornaram constantes não?
Paulão: Sim, definitivamente São Paulo virou a Capital do Rock, fica até difícil marcamos shows por aqui! hehehehe
Soneca: Não sou do partido dos que pregam que os shows gringos atrapalham os artistas brasileiros. E como a era do Download “banalizou” a forma de se adquirir música, por outro lado valorizou a performance ao vivo. Nada substitui a experiência de assistir a música sendo feita ao vivo, com os amplificadores zumbindo na tua orelha! A bateria batendo no peito, o baixo socando seu estômago e tudo que lhe resta é curtir, cantar, beber, dançar ou bater cabeça! hahahaha
CH - Dos 4 CD’s que lançaram, qual você acha que obteve a melhor resposta do público?
Xande: “Whiskey Do Diabo”, “Baranga” e “Meu Mal”... Ah! E agora “O Céu é o Hell”!!! hahahaha
Paulão: Muitos falam do "Whiskey Do Diabo", outros falam do Primeiro CD, é difícil escolher um, mas penso que o “O Céu é o Hell” está indo muito bem!!!
Soneca: Cada disco teve seu momento. Eles vão construindo a carreira da banda. A cada álbum acredito que melhoramos em todos os aspectos, e os shows ficam cada vez melhores. Espero continuar nessa evolução constante.
CH - Esse ano vocês lançaram O Céu é o Hell, conte os detalhes do CD, que tem uma capa que se encaixa muito bem com as letras.
Deca: Sou muito fã do 1º CD e queria muito aqueles timbres, a pegada Rock 'n’ Roll e tudo mais. Também acho que o “O Céu é o Hell” é o CD que tem os melhores arranjos e é o mais homogêneo.
Soneca: A arte é do Diogo Oliveira, baita artista que captou o que queríamos nesse disco. Além de designer, o cara é guitarrista, é do Rock, o que deixa as coisas mais fáceis. Os arranjos do CD novo estão mais compactos, direto ao ponto. Estou bem satisfeito com os timbres dos instrumentos. Cada disco soa de uma maneira diferente. O cd novo tá com timbres ‘de gala’.
CH - Como está sendo as expectativas para a banda e quando vocês tocaram no Sul de Minas?
Soneca: Tocamos em Minas algumas vezes. Duas vezes em Varginha, duas em Juiz de Fora, mais duas em Itabirito, Lambari, Pocinhos, Muriaé que vamos voltar em fevereiro etc. Sempre foram dos melhores shows da Baranga. A galera de Minas curte e leva o Rock ‘n’ Roll as últimas conseqüências, igual à Baranga!!!!! hahaha
CH – Cara, obrigado pela entrevista, vocês estão no caminho certo e até a próxima.
Deca: Obrigado pela parceria! Um grande abraço pra você e pra todos que estiverem lendo!
Paulão: Obrigado a você pelo espaço! Sorte aí! Abraço!
Soneca: Valeu pela entrevista! Keep On Rockin’! Abraço!
Xande: Obrigado! Grande Abraço!